segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Graham Hancock - TEDx Talk - DMT, Life after Death & Consciousness

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O que verdadeiramente queremos – a importância dos valores


Boa tarde meu caro (a) leitor (a)! Uma vez mais, espero que esteja tudo ótimo contigo.

Neste momento, o que me sinto verdadeiramente inspirado a partilhar contigo é algo que percebo como sendo uma verdade essencial que nos escapa frequentemente.

A maior parte de nós não sabe o que quer e quando acontece (raramente), sabermos o que queremos, na verdade, continuamos sem realmente saber o que queremos. Por outras palavras, ignoramos que aquilo que verdadeiramente queremos não são objectos em si, não são os empregos em si, não é o dinheiro em si, não são aquelas tão ansiadas férias em si, não é aquele carro em si, não é aquela relação especial em si, não é aquela tão ansiada viagem em si. O que nós, verdadeiramente queremos são os estados emocionais positivos que acreditamos que vamos sentir, quando alcançarmos aquilo que acreditamos que queremos.

Vou repetir, em negrito e em caps lock: O QUE NÓS VERDADEIRAMENTE QUEREMOS NA VIDA SÃO OS ESTADOS EMOCIONAIS POSITIVOS QUE ACREDITAMOS QUE VAMOS SENTIR, QUANDO ALCANÇARMOS AQUILO QUE ACREDITAMOS QUERER.

Como coach, formador e futuro psicoterapeuta, acredito ser fundamental estar em permanente contacto com esta verdade, para que possa fazer um bom trabalho e para que possa inspirar outros a integrarem esta verdade na sua vida.

Aquilo a que num anterior parágrafo, chamei de estados emocionais positivos, na verdade, seria mais correcto chamar-lhes de VALORES. Os valores não são nada mais, nada menos do que aquilo a que cada um de nós dá valor, aquilo que valorizamos mais, aquilo que é mais importante para nós. Para alguns de nós, o AMOR poderá ser o valor mais importante. Para outros, poderá ser a LIBERDADE. Para outros, ainda, poderá ser a AUTENTICIDADE. Para outros, poderá ser a PAZ, enfim, apenas cada um de nós poderá saber o que é mais importante para si. E aquilo que é mais importante para nós, os valores mais importantes são aqueles que, ao percebermos como estando a ser preenchidos, nos produzem as sensações e sentimentos que consideramos mais agradáveis e positivos.

Evidentemente que, para conseguir fazer com que determinados VALORES estejam a ser preenchidos e a produzir estados interiores desejáveis, há coisas que têm de ser feitas nesse sentido. Imaginemos que tracei como objetivo para a minha a vida ter uma vivenda com vista para o mar, no prazo de 5 anos. Seguindo o raciocínio que temos vindo a delinear até aqui, aquilo que queremos verdadeiramente não será a casa com vista para o mar em si, aquilo que verdadeiramente queremos, mas sim, os estados interiores positivos de longo-prazo que acreditamos que iremos experienciar quando esse objectivo estiver atingido. E esse estado interior positivo poderá ser a ALEGRIA, ou a PAZ, ou a LIBERDADE ou, um sentimento de REALIZAÇÃO PESSOAL. E até aqui, tudo ótimo. O problema poderá colocar-se caso a pessoa que tenha traçado tal objectivo, veja a sua obtenção como o único caminho para preencher tais valores. Porque a acontecer isso, a pessoa iria esperar 5 anos para poder aceder a tais estados positivos, o que nos parece, logo à partida, pouco viável.

Portanto, o desafio que aqui mesmo se coloca é o de, uma vez descoberto o VALOR existente por trás do OBJECTIVO, arranjar maneira de, no dia-a-dia, enquanto se luta para chegar ao OBJECTIVO traçado, incorporar a vivência dos tais VALORES, que se acredita que serão preenchidos quando o OBJECTIVO traçado for atingido. No exemplo anterior da casa com vista para o mar, essa pessoa faria bem (se eu fosse seu Coach, perguntar-lho-ia de imediato) em perguntar-se: de que maneira poderei trazer o sentimento de ALEGRIA para a minha vida diária? Esse sentimento poderia ser trazido de várias maneiras: fazer exercício físico diariamente, meditar diariamente, ler livros positivos diariamente, enfim, levar a cabo actvidades que, do seu conhecimento pessoal, produzissem o sentimento de ALEGRIA.

Poderíamos colocar-nos a seguinte dúvida: então, mas se nesse caso, seria possível, trazer a ALEGRIA para o dia-a-dia, sem necessidade de alcançar o objectivo traçado, para que continuaria a ser necessário alcançá-lo? Esta dúvida poderá ser respondida por meio de uma metáfora.

Imaginemos uma pessoa que mora num determinado local e que para poder ter água para beber, tem de deslocar-se diariamente e com esforço a uma fonte próxima para buscar garrafões de água. O objectivo de ter água para beber é atingido, embora com esforço e sacrifício. No entanto, se fosse possível ter uma fonte em casa, já não seria necessário tal esforço e sacrifício.

Da mesma maneira que uma pessoa, tem de esforçar-se para preencher os seus valores mais importantes no dia-a-dia, mesmo que tal implique (e muitas das vezes, implica) grande esforço e sacrifício. No entanto, quando o objectivo traçado é atingido, passa a existir uma fonte permanente desses estados positivos, não sendo mais tão trabalhoso preencher o VALOR que se pretendia desde início.

Esta forma de ver as coisas torna a obtenção dos objectivos desejável mas não absolutamente necessário. Por vários factores e contingências da vida, nem sempre é possível atingir determinados objectivos, até porque alguns desses objectivos não dependem inteiramente de nós. Não obstante, é SEMPRE possível e desejável encontrar maneiras de, no dia-a-dia, satisfazer os nossos VALORES mais importantes. Parafraseando Daniel Sá Nogueira, fundador da WeCreate, «a medida em que eu vivo na prática os meus VALORES mais importantes, determina os resultados que obtenho na vida», a que eu acrescentaria, o meu nível de BEM-ESTAR, que em termos genéricos, é o que todos nós procuramos.

Neste sentido, é fundamental conhecermos os nossos VALORES mais importantes porque só conhecendo-os se torna possível traçar OBJECTIVOS correctos no sentido do preenchimento desses VALORES, bem como, conceber estratégias de preenchimento desses VALORES na vida diária, enquanto se caminha rumo a tais OBJECTIVOS. Ao fazer isto, não só conseguimos vivenciar tais VALORES importantes no dia-a-dia, como maximizamos a possibilidade de atingir esses OBJECTIVOS que tanto nos apaixonam.

E tu, já sabes quais são os teus mais importantes VALORES? Sabes o que, VERDADEIRAMENTE,  está por trás dos teus mais queridos OBJECTIVOS DE VIDA? Será que, sequer, tens OBJECTIVOS de vida traçados? Se não tens, eu posso ajudar-te a consegui-lo.

LEMBRA-TE: se não sabes para onde vais, qualquer lugar serve. Se não tomares decisões, alguém as tomará por ti...e adivinha o que eles têm para te oferecer?? Grande coisa não será, concerteza...

Espero que tenhas gostado da leitura.

Um grande abraço

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A importância de ver a vida como um filme


Boa noite querido leitor (a)!

O assunto que me traz por aqui hoje, talvez mais de um ano após a última postagem é o da importância de ver a vida como um filme. É algo que considero essencial para ter uma vida o mais tranquila e relaxada possível. Tranquilidade e relaxamento parecem-me estados interiores que tornam a experiência de viver bem agradável (pelo menos, assim penso). E parece-me também que esse estado de tranquilidade e relaxamento se tornam bem difíceis se cometermos o «erro» de nos identificarmos com as diferentes circunstâncias que vão ocorrendo ao longo do dia, sendo que muitas delas são tudo menos agradáveis.


Por exemplo: pensemos numa circunstância em que víamos um filme. Nesse filme, muita coisa ocorre, agradável ou desagradável. Se cometermos o erro de nos identificarmos com as diferentes circunstâncias do filme, essa identificação vai levar-nos para diferentes estados emocionais, mais ou menos agradáveis, de acordo com o teor dos acontecimentos. No entanto, se ao longo do filme, pudermos manter plena consciência de que aquilo que se passa nada tem a ver connosco, deixa de haver qualquer razão para que esse tipo de oscilação emocional (geradora de intranquilidade) ocorra. Mantemo-nos como meros espectadores, desidentificados e não-judicativos.

A meu ver, este mesmo espírito pode (e deve) ser transportado para a vida de todos os dias. Ao caminharmos, ao estarmos relaxadamente sentados, ao andarmos de autocarro, ao andar de comboio, ao estarmos na praia, ao darmos um passeio pela cidade, seja onde for e seja a fazer o que for, podemos adoptar esta postura de observadores interessados do filme da vida. No filme da vida podemos ser simultaneamente personagens, observadores e realizadores, consoante a nossa vontade e conveniência. No filme da vida existem múltiplas personagens, situações e contextos. E, da mesma maneira que nos é possível, ao estarmos a ver televisão, mudar de canal quando o que é transmitido não nos agrada, na vida podemos também transferir o foco da nossa atenção de coisas que não nos agradam para outras que nos agradem mais (de acordo com a amplitude da nossa consciência acerca do que nos agrada mais e do que nos agrada menos).

Esta última ideia, prende-se com a questão do livre-arbítrio. Em cada momento e situação temos uma determinada amplitude de apreensão e captação da realidade. Imaginemos uma situação em que vamos dentro de um comboio, deslocando-nos para determinada localidade. Nesse contexto, estamos expostos a vária quantidade de estímulos: a paisagem que vislumbramos de fora da janela, a conversa das pessoas do lado, o mau cheiro da pessoa  que vai do meu lado, a mulher bonita do assento da frente, o revisor que chega para picar o bilhete, o comboio de alta velocidade que passa em sentido contrário, enfim, vários exemplos poderiam ser dados. E garantidamente que nenhum desses estímulos tem absolutamente nada a ver connosco. Situados naquele contexto, esses estímulos surgem independentemente da nossa vontade. E podemos ver qualquer desses estímulos que surgem como se de diferentes canais de televisão se tratassem. Quando não gostamos do programa, mudamos de canal, para encontrar um que nos agrade mais. Da mesma maneira que, no exemplo do comboio, temos o livre-arbítrio de mudar de assento se não gostamos da pessoa que vai ao nosso lado, de olhar para fora da janela, se a pessoa que vai na nossa frente for demasiado feia, de ouvir música caso se verifiquem conversas desagradáveis ao nosso redor, de dizer ao revisor que ele já picou o nosso bilhete anteriormente (e nos encontrarmos sem bilhete, eheh) ou, em último caso, sair numa qualquer estação intermédia, caso o ambiente vivido dentro do comboio seja algo de insuportável. Por outras palavras, mudando o foco da nossa atenção, mudamos também a nossa realidade. Mudando a nossa realidade, mudamos o estado interior. Mudando o estado interior, modificamos a nossa qualidade de vida, tornando-a mais agradável.

Para conseguir esta mudança, convém, por fim, diferenciar dois conceitos, já diferenciados de forma implícita ao longo do que temos vindo a debater. Esses dois conceitos são o contexto e o conteúdo. O contexto, seria o estar dentro de um comboio, correspondente a uma circunstância permanente. O conteúdo seria composto por todos os estímulos existentes dentro do comboio, correspondentes a circunstâncias transitórias. Estar consciente do contexto permite atrelar a nossa consciência a algo de permanente, produzindo paz e tranquilidade. Por outro lado, focar a nossa consciência no conteúdo implica atrelá-la a circunstâncias transitórias, instáveis e impermanentes, produzindo intranquilidade (por se acreditar que os acontecimentos desagradáveis vão durar muito ou que os acontecimentos agradáveis vão durar pouco). Esta diferenciação é vital, uma vez que é muito fácil cair no erro de focar a consciência nos diferentes conteúdos da vida o que, fatalmente, produzirá estados interiores desagradáveis. O segredo reside na capacidade de desfrutar desapaixonadamente dos diferentes conteúdos, mantendo sempre o contexto debaixo de olho.

Uma forma de conseguir incorporar esta filosofia de vida é através da prática de uma técnica chamada de contemplação, que será tema de um próximo post.

Forte abraço!