sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Uma visão científica da astrologia


Boa tarde caro amigo ou amiga!

O assunto que hoje me inspira a escrever é a Astrologia. A mim, pessoalmente, interessa-me todo o tipo de conhecimento que possa ajudar-me a conhecer-me melhor, porque autoconhecimento é uma fonte imensa de poder pessoal. Se eu me conheço bem a mim mesmo estarei suficientemente confiante para tomar decisões de qualidade na vida. Para mim, decisões de qualidade são aquelas que me levam a viver uma vida cada vez mais acertada, cada vez mais em sintonia com as minhas necessidades mais profundas. Uma vida que seja vivida em contacto com as minhas necessidades mais profundas é aquela vida de preenchimento, paz interior, bem-estar com a vida, ou seja, tudo aquilo que quero e muitas vezes não faço a mínima ideia de como conseguir. Nesse sentido, acredito firmemente que o primeiro passo para uma vida extraordinária é o autoconhecimento. 

Quanto melhor te conheceres, melhores serão as tuas decisões e melhor será a tua qualidade de vida (que é criada através das tuas decisões), mais apto estarás também a afastar-te de situações que sabes intimamente que apenas te irão prejudicar. Ajuda-te também a direccionar o foco mental para aquilo que realmente queres na vida, seja uma profissão adequada, seja uma relação íntima adequada, seja um estilo de vida adequado, seja o que for adequado para ti em cada momento, de acordo com o nível de consciência em que te encontrares. A partir do autoconhecimento poderás traçar objectivos capazes de preencher os teus valores e anseios mais profundos. Os verdadeiros anseios da tua alma. E é aqui que entra a Astrologia, nosso tema de análise!

A Astrologia, na minha percepção, pode e deve ser utilizada como uma ferramenta de autoconhecimento. No entanto, quero introduzir aqui dois conceitos actualmente muito badalados e discutidos nas esferas do conhecimento espiritual das várias religiões e tradições herméticas de todos os tempos e idades. São eles os conceitos de Karma e Dharma. Ambos os conceitos se referem, respectivamente, às várias acções, negativas e positivas e, as consequências que acarretam para a vida dos indivíduos, sociedades, países, mundo inteiro, etc. Quando cometemos acções negativas, adquirimos Karma. Quando cometemos acções positivas, adquirimos Dharma. A qualidade da nossa vida corresponde ao nosso saldo cósmico, ou seja, a diferença entre Dharma e Karma. Eventualmente, poderemos questionar: então mas, por que razão conheço pessoas que são tão boas, que fazem tão boas acções, que estão sempre prontas a ajudar o próximo, etc, têm tantos problemas na vida? A resposta é simples: o saldo cósmico não se resume à presente existência mas, sim, a todas as existências humanas que o indivíduo tem vindo a desempenhar (é na existência humana que o indivíduo tem Consciência, ou seja, a possibilidade de ajuizar convenientemente o que é correcto, ou não, fazer, e agir em conformidade com esse discernimento, inacessível às formas de vida Animal, Vegetal ou Mineral, formas de vida sencientes, elementais inocentes da Natureza). Nesta existência, o indivíduo pode ser extremamente virtuoso mas, em existências anteriores, ter sido altamente perverso, estando, por isso, a pagar dívidas kármicas (nada de mágico existe aqui, apenas Lei de Acção e Consequência). Tudo isto para dizer o quê, no que concerne ao tema deste post?

Tudo isto para dizer que o Mapa Astrológico de um indivíduo fornece indicações que podem ser muito importantes em termos de autoconhecimento, no que respeita às questões Kármicas e Dhármicas da presente existência. No momento do seu nascimento, o indivíduo nasce com o Sol (que simboliza o seu Real Ser Interior) numa determinada constelação (as doze constelações do Zodíaco que compõem o Cinturão Zodiacal que rodeia o planeta terra): Carneiro, Touro, Gémeos, Caranguejo, Leão, Virgem, Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. No entanto, a posição zodiacal em que o Sol se encontra não é o único aspecto a analisar num Mapa Astrológico. Todos os restantes planetas relevantes para análise astrológica (Lua, Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão) estarão organizados de acordo com determinada configuração, fazendo ângulos harmoniosos entre si e/ou com o Sol (Trígonos, Sextis, Conjunções, que indicam o Dharma, os talentos do indivíduo, as áreas em que as coisas lhe são mais fáceis e fluidas) ou ângulos tensos entre si e/ou com o Sol (Quadraturas, Quincócios, Oposições, indicam o Karma, as áreas de maior tensão e dificuldade para o indivíduo). No entanto, estas influências astrológicas, mais não são do que elementos ofuscadores do Sol, do Real Ser Interior do indivíduo, que nada tem a ver com essas quadraturas, oposições, trígonos, etc. O Sol é o Astro Rei do Sistema Solar, é o Coração do Sistema Solar, que governa esse mesmo Sistema Solar, tal como, analogamente, o nosso Coração governa todo o nosso Organismo. Tudo o que acabamos de analisar aqui vai de encontro às habituais citações que ouvimos “Segue o teu Coração”, “Devemos seguir a sábia voz do Coração”, o que mais não significa que, “Segue o teu Real Ser Interior”. No entanto, na vida prática, o que acontece muitas vezes é que ficamos tão presos nas questões do Ego, ou seja, nas questões Kármicas e Dhármicas, tão identificados com as circunstâncias fascinantes da vida, que facilmente esquecemos os aspectos relacionados com o nosso Coração, onde mora o nosso Real Ser Interior, o único elemento idóneo capaz de nos dar verdadeira felicidade, dita interior, preenchimento verdadeiro e autêntico, aquela felicidade verdadeira, sustentável, independente de qualquer situação externa (quadraturas, oposições, trígonos, enfim, toda essa confusão). Daí, a necessidade de fortalecer o Nosso Sol Natal, o nosso Coração, para que a sua força expansiva possa colocar ordem nessa confusão, nesse desgoverno, nessa desordem, representados por essas quadraturas, oposições, trígonos, sextis, quincócios, etc, etc, etc..

Por melhor que seja um astrólogo, as suas previsões serão apenas fiáveis no caso de pessoas que funcionem com um nível de consciência abaixo do desejável, em que a sabedoria do seu Coração, do seu Real Ser Interior, do seu Sol interior não esteja suficientemente forte, suficientemente luminosa. Porque, à medida que esse Sol interior vai crescendo em Luz e força, tem poder para meter todos os outros planetas na linha. Visualizemos o Sistema Solar, com intensidade, com alegria, com dinâmica! Quem manda ali afinal? Será o Sol, Astro Rei que coloca todos os planetas sob a sua ordem? Ou serão os planetas que decidem qual a sua órbita própria? Quem manda ali afinal? Obviamente que é o Sol, Astro Rei, à volta do qual gravitam os planetazinhos. Gravitam e não piam! Quem manda, quem decide? Então, sendo nós, seres humanos, uma cópia fiel do Sistema Solar, qual é o nosso trabalho? O nosso trabalho é cumprir com o nosso dever cósmico! O nosso trabalho é o de activar os fogos do Coração para que ele possa ordenar todo o nosso Mundo Interior, à semelhança do que o Sol faz no Sistema Solar. A partir desse momento, quais quadraturas, quais oposições, quais prognósticos? Zero, totalmente inúteis. O Homem Consciente jamais será escravizado por qualquer configuração ou trânsito astrológico. O Homem vai-se tornando cada vez mais senhor de si mesmo, à medida que a sua Consciência desperta.

Então, e como se desperta Consciência? Consciência é energia! E para nos enchermos de energia existem muitas maneiras. E, de seguida, apresento uma delas que funciona para mim. Muito simples, um exercício que demora, para campeões da retenção do oxigénio, cerca de 15 minutos. O que são 15 minutos num dia? São 15 minutos que melhorarão em muito todos os restantes das 24 horas (1440-15= 1425minutos). Sejas quem fores, se realizares este simples exercício 2/3 vezes por dia (pessoalmente gosto de praticá-lo ao levantar, ao final da tarde, antes de deitar e, em toda e qualquer situação em que me sinta fraco e sem energia, onde precise rapidamente de energia). 

Esse exercício chama-se Pranaiama e a sua execução é muito simples. Sentado comodamente numa cadeira, com as costas bem direitas, fecharás os olhos suavemente, colocarás a palma das mãos sobre as pernas e realizarás três inalações lentas e profundas…sentindo o ar encher totalmente os pulmões para, depois, os esvaziares de forma igualmente lenta, até os pulmões ficarem totalmente vazios. Em seguida, taparás a fossa nasal esquerda com o dedo indicador da mão direita (ou a fossa nasal direita com o dedo polegar da mão direita se fores uma mulher), inalando com a narina desocupada até encheres totalmente os pulmões. De seguida, tapa totalmente o nariz com os dedos indicador e polegar da mão direita e retém a respiração, o alento da vida, durante o tempo que te for possível (nada de forçar em excesso…aguenta até começares a sentir um ligeiro desconforto). Próximo passo, retira o dedo indicador da narina esquerda (ou o polegar da narina direita, se fores uma mulher) e exala lentamente o ar. Em seguida, inala novamente por essa mesma narina até encheres totalmente os pulmões. O próximo passo é tapar as duas narinas e reter o alento da vida. Finalmente, retira o polegar da narina direita (ou, o indicador da narina esquerda, se fores uma mulher) e exala, lentamente, o ar. Este ciclo constitui um Pranaiama Completo. Pessoalmente costumo realizar 7 pranaiamas completos por sessão. É um exercício com grandes benefícios, entre os quais testemunho os seguintes:
  • Bem-estar, força interior;
  • Calma, atenção, descontracção, destemor;
  • Não-reactividade;
  • As pessoas reagem-nos melhor;
  • Elevadíssima concentração;
  • Força de vontade espartana;
  • Capacidade de resistir às vibrações negativas de quem nos rodeia;
  • Alegria e Optimismo;
  • Abandono gradual de hábitos negativos (fumar, por exemplo);
  • Fortalecimento dos Fogos do Coração;
  • Ausência de esgotamento no final do dia; entre outros que deixo para descobrires por ti mesmo ;)
Bem, por hoje é tudo! Espero voltar em breve para partilhar mais estratégias e hábitos de vida saudáveis.  Um forte abraço!