Boa tarde meu caro (a) leitor
(a)! Uma vez mais, espero que esteja tudo ótimo contigo.
Neste momento, o que me sinto
verdadeiramente inspirado a partilhar contigo é algo que percebo como sendo uma
verdade essencial que nos escapa frequentemente.
A maior parte de nós não sabe o
que quer e quando acontece (raramente), sabermos o que queremos, na verdade,
continuamos sem realmente saber o que queremos. Por outras palavras, ignoramos
que aquilo que verdadeiramente queremos não são objectos em si, não são os
empregos em si, não é o dinheiro em si, não são aquelas tão ansiadas férias em
si, não é aquele carro em si, não é aquela relação especial em si, não é aquela
tão ansiada viagem em si. O que nós, verdadeiramente queremos são os estados
emocionais positivos que acreditamos que vamos sentir, quando alcançarmos
aquilo que acreditamos que queremos.
Vou repetir, em negrito e em caps
lock: O QUE NÓS VERDADEIRAMENTE QUEREMOS NA VIDA SÃO OS ESTADOS EMOCIONAIS
POSITIVOS QUE ACREDITAMOS QUE VAMOS SENTIR, QUANDO ALCANÇARMOS AQUILO QUE
ACREDITAMOS QUERER.
Como coach, formador e futuro
psicoterapeuta, acredito ser fundamental estar em permanente contacto com esta
verdade, para que possa fazer um bom trabalho e para que possa inspirar outros a
integrarem esta verdade na sua vida.
Aquilo a que num anterior
parágrafo, chamei de estados emocionais positivos, na verdade, seria mais
correcto chamar-lhes de VALORES. Os valores não são nada mais, nada menos do
que aquilo a que cada um de nós dá valor, aquilo que valorizamos mais, aquilo
que é mais importante para nós. Para alguns de nós, o AMOR poderá ser o valor
mais importante. Para outros, poderá ser a LIBERDADE. Para outros, ainda,
poderá ser a AUTENTICIDADE. Para outros, poderá ser a PAZ, enfim, apenas cada
um de nós poderá saber o que é mais importante para si. E aquilo que é mais
importante para nós, os valores mais importantes são aqueles que, ao
percebermos como estando a ser preenchidos, nos produzem as sensações e
sentimentos que consideramos mais agradáveis e positivos.
Evidentemente que, para conseguir
fazer com que determinados VALORES estejam a ser preenchidos e a produzir
estados interiores desejáveis, há coisas que têm de ser feitas nesse sentido.
Imaginemos que tracei como objetivo para a minha a vida ter uma vivenda com
vista para o mar, no prazo de 5 anos. Seguindo o raciocínio que temos vindo a
delinear até aqui, aquilo que queremos verdadeiramente não será a casa com
vista para o mar em si, aquilo que verdadeiramente queremos, mas sim, os
estados interiores positivos de longo-prazo que acreditamos que iremos
experienciar quando esse objectivo estiver atingido. E esse estado interior
positivo poderá ser a ALEGRIA, ou a PAZ, ou a LIBERDADE ou, um sentimento de
REALIZAÇÃO PESSOAL. E até aqui, tudo ótimo. O problema poderá colocar-se caso a
pessoa que tenha traçado tal objectivo, veja a sua obtenção como o único
caminho para preencher tais valores. Porque a acontecer isso, a pessoa iria
esperar 5 anos para poder aceder a tais estados positivos, o que nos parece,
logo à partida, pouco viável.
Portanto, o desafio que aqui
mesmo se coloca é o de, uma vez descoberto o VALOR existente por trás do
OBJECTIVO, arranjar maneira de, no dia-a-dia, enquanto se luta para chegar ao
OBJECTIVO traçado, incorporar a vivência dos tais VALORES, que se acredita que
serão preenchidos quando o OBJECTIVO traçado for atingido. No exemplo anterior
da casa com vista para o mar, essa pessoa faria bem (se eu fosse seu Coach,
perguntar-lho-ia de imediato) em perguntar-se: de que maneira poderei trazer o
sentimento de ALEGRIA para a minha vida diária? Esse sentimento poderia ser
trazido de várias maneiras: fazer exercício físico diariamente, meditar
diariamente, ler livros positivos diariamente, enfim, levar a cabo actvidades
que, do seu conhecimento pessoal, produzissem o sentimento de ALEGRIA.
Poderíamos colocar-nos a seguinte
dúvida: então, mas se nesse caso, seria possível, trazer a ALEGRIA para o
dia-a-dia, sem necessidade de alcançar o objectivo traçado, para que
continuaria a ser necessário alcançá-lo? Esta dúvida poderá ser respondida por
meio de uma metáfora.
Imaginemos uma pessoa que mora
num determinado local e que para poder ter água para beber, tem de deslocar-se
diariamente e com esforço a uma fonte próxima para buscar garrafões de água. O
objectivo de ter água para beber é atingido, embora com esforço e sacrifício.
No entanto, se fosse possível ter uma fonte em casa, já não seria necessário
tal esforço e sacrifício.
Da mesma maneira que uma pessoa,
tem de esforçar-se para preencher os seus valores mais importantes no
dia-a-dia, mesmo que tal implique (e muitas das vezes, implica) grande esforço
e sacrifício. No entanto, quando o objectivo traçado é atingido, passa a
existir uma fonte permanente desses estados positivos, não sendo mais tão
trabalhoso preencher o VALOR que se pretendia desde início.
Esta forma de ver as coisas torna
a obtenção dos objectivos desejável mas não absolutamente necessário. Por
vários factores e contingências da vida, nem sempre é possível atingir
determinados objectivos, até porque alguns desses objectivos não dependem
inteiramente de nós. Não obstante, é SEMPRE possível e desejável encontrar
maneiras de, no dia-a-dia, satisfazer os nossos VALORES mais importantes.
Parafraseando Daniel Sá Nogueira, fundador da WeCreate, «a medida em que eu
vivo na prática os meus VALORES mais importantes, determina os resultados que
obtenho na vida», a que eu acrescentaria, o meu nível de BEM-ESTAR, que em
termos genéricos, é o que todos nós procuramos.
Neste sentido, é fundamental conhecermos
os nossos VALORES mais importantes porque só conhecendo-os se torna possível
traçar OBJECTIVOS correctos no sentido do preenchimento desses VALORES, bem
como, conceber estratégias de preenchimento desses VALORES na vida diária,
enquanto se caminha rumo a tais OBJECTIVOS. Ao fazer isto, não só conseguimos
vivenciar tais VALORES importantes no dia-a-dia, como maximizamos a
possibilidade de atingir esses OBJECTIVOS que tanto nos apaixonam.
E tu, já sabes quais são os teus
mais importantes VALORES? Sabes o que, VERDADEIRAMENTE, está por trás dos teus mais queridos
OBJECTIVOS DE VIDA? Será que, sequer, tens OBJECTIVOS de vida traçados? Se não
tens, eu posso ajudar-te a consegui-lo.
LEMBRA-TE: se não sabes para onde
vais, qualquer lugar serve. Se não tomares decisões, alguém as tomará por
ti...e adivinha o que eles têm para te oferecer?? Grande coisa não será,
concerteza...
Espero que tenhas gostado da
leitura.
Um grande abraço