quarta-feira, 24 de abril de 2013

O que verdadeiramente queremos – a importância dos valores


Boa tarde meu caro (a) leitor (a)! Uma vez mais, espero que esteja tudo ótimo contigo.

Neste momento, o que me sinto verdadeiramente inspirado a partilhar contigo é algo que percebo como sendo uma verdade essencial que nos escapa frequentemente.

A maior parte de nós não sabe o que quer e quando acontece (raramente), sabermos o que queremos, na verdade, continuamos sem realmente saber o que queremos. Por outras palavras, ignoramos que aquilo que verdadeiramente queremos não são objectos em si, não são os empregos em si, não é o dinheiro em si, não são aquelas tão ansiadas férias em si, não é aquele carro em si, não é aquela relação especial em si, não é aquela tão ansiada viagem em si. O que nós, verdadeiramente queremos são os estados emocionais positivos que acreditamos que vamos sentir, quando alcançarmos aquilo que acreditamos que queremos.

Vou repetir, em negrito e em caps lock: O QUE NÓS VERDADEIRAMENTE QUEREMOS NA VIDA SÃO OS ESTADOS EMOCIONAIS POSITIVOS QUE ACREDITAMOS QUE VAMOS SENTIR, QUANDO ALCANÇARMOS AQUILO QUE ACREDITAMOS QUERER.

Como coach, formador e futuro psicoterapeuta, acredito ser fundamental estar em permanente contacto com esta verdade, para que possa fazer um bom trabalho e para que possa inspirar outros a integrarem esta verdade na sua vida.

Aquilo a que num anterior parágrafo, chamei de estados emocionais positivos, na verdade, seria mais correcto chamar-lhes de VALORES. Os valores não são nada mais, nada menos do que aquilo a que cada um de nós dá valor, aquilo que valorizamos mais, aquilo que é mais importante para nós. Para alguns de nós, o AMOR poderá ser o valor mais importante. Para outros, poderá ser a LIBERDADE. Para outros, ainda, poderá ser a AUTENTICIDADE. Para outros, poderá ser a PAZ, enfim, apenas cada um de nós poderá saber o que é mais importante para si. E aquilo que é mais importante para nós, os valores mais importantes são aqueles que, ao percebermos como estando a ser preenchidos, nos produzem as sensações e sentimentos que consideramos mais agradáveis e positivos.

Evidentemente que, para conseguir fazer com que determinados VALORES estejam a ser preenchidos e a produzir estados interiores desejáveis, há coisas que têm de ser feitas nesse sentido. Imaginemos que tracei como objetivo para a minha a vida ter uma vivenda com vista para o mar, no prazo de 5 anos. Seguindo o raciocínio que temos vindo a delinear até aqui, aquilo que queremos verdadeiramente não será a casa com vista para o mar em si, aquilo que verdadeiramente queremos, mas sim, os estados interiores positivos de longo-prazo que acreditamos que iremos experienciar quando esse objectivo estiver atingido. E esse estado interior positivo poderá ser a ALEGRIA, ou a PAZ, ou a LIBERDADE ou, um sentimento de REALIZAÇÃO PESSOAL. E até aqui, tudo ótimo. O problema poderá colocar-se caso a pessoa que tenha traçado tal objectivo, veja a sua obtenção como o único caminho para preencher tais valores. Porque a acontecer isso, a pessoa iria esperar 5 anos para poder aceder a tais estados positivos, o que nos parece, logo à partida, pouco viável.

Portanto, o desafio que aqui mesmo se coloca é o de, uma vez descoberto o VALOR existente por trás do OBJECTIVO, arranjar maneira de, no dia-a-dia, enquanto se luta para chegar ao OBJECTIVO traçado, incorporar a vivência dos tais VALORES, que se acredita que serão preenchidos quando o OBJECTIVO traçado for atingido. No exemplo anterior da casa com vista para o mar, essa pessoa faria bem (se eu fosse seu Coach, perguntar-lho-ia de imediato) em perguntar-se: de que maneira poderei trazer o sentimento de ALEGRIA para a minha vida diária? Esse sentimento poderia ser trazido de várias maneiras: fazer exercício físico diariamente, meditar diariamente, ler livros positivos diariamente, enfim, levar a cabo actvidades que, do seu conhecimento pessoal, produzissem o sentimento de ALEGRIA.

Poderíamos colocar-nos a seguinte dúvida: então, mas se nesse caso, seria possível, trazer a ALEGRIA para o dia-a-dia, sem necessidade de alcançar o objectivo traçado, para que continuaria a ser necessário alcançá-lo? Esta dúvida poderá ser respondida por meio de uma metáfora.

Imaginemos uma pessoa que mora num determinado local e que para poder ter água para beber, tem de deslocar-se diariamente e com esforço a uma fonte próxima para buscar garrafões de água. O objectivo de ter água para beber é atingido, embora com esforço e sacrifício. No entanto, se fosse possível ter uma fonte em casa, já não seria necessário tal esforço e sacrifício.

Da mesma maneira que uma pessoa, tem de esforçar-se para preencher os seus valores mais importantes no dia-a-dia, mesmo que tal implique (e muitas das vezes, implica) grande esforço e sacrifício. No entanto, quando o objectivo traçado é atingido, passa a existir uma fonte permanente desses estados positivos, não sendo mais tão trabalhoso preencher o VALOR que se pretendia desde início.

Esta forma de ver as coisas torna a obtenção dos objectivos desejável mas não absolutamente necessário. Por vários factores e contingências da vida, nem sempre é possível atingir determinados objectivos, até porque alguns desses objectivos não dependem inteiramente de nós. Não obstante, é SEMPRE possível e desejável encontrar maneiras de, no dia-a-dia, satisfazer os nossos VALORES mais importantes. Parafraseando Daniel Sá Nogueira, fundador da WeCreate, «a medida em que eu vivo na prática os meus VALORES mais importantes, determina os resultados que obtenho na vida», a que eu acrescentaria, o meu nível de BEM-ESTAR, que em termos genéricos, é o que todos nós procuramos.

Neste sentido, é fundamental conhecermos os nossos VALORES mais importantes porque só conhecendo-os se torna possível traçar OBJECTIVOS correctos no sentido do preenchimento desses VALORES, bem como, conceber estratégias de preenchimento desses VALORES na vida diária, enquanto se caminha rumo a tais OBJECTIVOS. Ao fazer isto, não só conseguimos vivenciar tais VALORES importantes no dia-a-dia, como maximizamos a possibilidade de atingir esses OBJECTIVOS que tanto nos apaixonam.

E tu, já sabes quais são os teus mais importantes VALORES? Sabes o que, VERDADEIRAMENTE,  está por trás dos teus mais queridos OBJECTIVOS DE VIDA? Será que, sequer, tens OBJECTIVOS de vida traçados? Se não tens, eu posso ajudar-te a consegui-lo.

LEMBRA-TE: se não sabes para onde vais, qualquer lugar serve. Se não tomares decisões, alguém as tomará por ti...e adivinha o que eles têm para te oferecer?? Grande coisa não será, concerteza...

Espero que tenhas gostado da leitura.

Um grande abraço

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